Ler é fundamental; uma leitura sistemática e seletiva é melhor ainda; fazer tudo isso com civilidade é honroso. Porém, há momentos em que nada disso vale alguma coisa, pois, infelizmente, há pessoas que sofrem a angústia de nunca se sentirem satisfeitas com o que escrevem. Desse modo, julgar a dificuldade de alguém com a produção de textos apenas pelo argumento da "preguiça de ler" pode esconder uma perigosa "crença" na eficácia da formação "conteudista" e no "poder" infalível do ensino linear. Isto sim é uma limitação cruel e que tem sido responsável pela existência de indivíduos que padecem (muitas vezes em segredo) as dores e dilemas de "sentir" que não conseguem escrever algo que lhes dê "prazer".
Após trabalhar durante vários anos com pessoas que apresentam dificuldades na hora de expressar ideias num texto, percebo que ainda há muitas coisas para serem ditas a respeito deste tema e que estão acima de opiniões "fechadas" e "exclusivistas". Sendo assim, até mesmo minhas palavras não são definitivas, nem estão acima de quaisquer outras considerações críticas.
Prefiro sempre analisar qualquer assunto tendo em vista o que escreveu William Shakespeare em Hamlet: "Existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia".
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